terça-feira, 21 de dezembro de 2010

BOTCH - We Are The Romans (2000)

Sempre activa nos seus 9 anos de existência, com 3 álbuns editados, 4 EP's, 4 splits e numerosas compilações editadas pela Hydra Head nos anos póstumos à separação da banda em 2002. Antes de começar a crítica ao disco, gostaria de nomear algumas bandas que este colectivo já lendário influenciou: The Chariot, Norma Jean, Between The Buried And Me, Everytime I Die e muito provavelmente The Dillinger Escape Plan. O Mathcore tal como se ouve nos dias que correm tem muitas vezes riffs reciclados só deste álbum, tal não foi a influência que "We Are The Romans" exerceu sobre a cena Metal/Hardcore. Começando logo com um riff espástico e agressividade em massa à Metalcore versão anos 90 em "To Our Friends In The Great White North", este tema dá o mote para as malhas vindouras. O guitarrista Dave Knudson assina neste registo a sua maior prestação instrumental, desde a formação da banda e mesmo em relação a projectos posteriores, é como se alguém lhe tivesse dado uma poção mágica que lhe fizesse mostrar todo o seu potencial e, juntamente com Dave Verellen, Tim Latona e Brian Cook (agora nos Russian Circles onde se continua a ouvir o seu baixo arranhado característico), transformá-lo em grandes malhas como "C. Thomas As The Soul Man" (com um riff extremamente memorável a par com uma parte cantada), "Transitions From Persona To Object"(mathcore no seu melhor, riffs, baixo e bateria conjugam-se perfeitamente, criando o caos total), "Saint Matthew Returns To The Womb" (com tamanha agressividade polirrítmica e incrivelmente jazzística) e, talvez o ponto mais alto de "We Are The Romans", o tema "Man The Ramparts" que parece que prevê a sonoridade das futuras bandas a que os membros se juntarão, com uma parte minimalista e com direito a um hipnotizante coro gregoriano a repetir o nome do registo, para depois explodir em distorção e peso constante. Quer gostem, quer não, este álbum permanecerá como um clássico injustamente ignorado e é altamente recomendado para todos os amantes do Mathcore e Metalcore mais old school. Quanto ao resto.. oiçam e tirem as vossas conclusões! (9.9/10)

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