domingo, 27 de fevereiro de 2011

DYSCORD - Tirades (2010)

Muitos não devem de reconhecer esta banda, e quem não conhecer.... acho que está na hora de se preparar para um exímio Eargasm. Das bandas mais peculiares que já ouvi, e incrivelmente a sonoridade deles não é assim tão estranha quanto isso. Bem primeiro de tudo há que salientar que são australianos de Perth, e estão juntos já desde 2003. Desde lá já lançaram um EP e dois álbuns. Este sendo, então, o último que lançaram. A qualidade e nível de produção é extremamente incrível, tomando em conta a fama que a banda tem, e o futuro que se prevê nela. Algo de curioso que descobri foi o facto de haver dois irmãos na banda. Tal e qual como os Psycroptic. E são ambas, as banda, australianas. Pronto, já conhecem os Dyscord, agora reconheçam a sonoridade. Quando ouvi o primeiro riff julguei logo que fosse um álbum de Metalcore bem melódico... mas não, aliás longe disso. O álbum de facto estava bastante melódico mas a distorção das guitarras e a dupla pedaleira da bateria persuadiam mais Death Metal do que propriamente Metalcore. Mas mesmo com a distorção e a sonoridade pesada, houve melodias bem perceptíveis. Já que salientei a parte melódica do álbum, sinto-me com obrigação de denominar Dyscord os Lamb Of God do Death Metal. Cheio de Groove e Thrash. O vocal então. As guitarras lá chamavam a ''dança'' que normalmente se dá nos concertos, com melodia ou não. Completamente distorcida. O baixo acompanhou vigorosamente cada instrumento na banda, dando até um próprio ''flavor'' no conjunto todo. O vocal foi espantoso. Executaram-se Low-Pitch Growls, High-Pitch Screams, e muitas variações de Pitch. A bateria........ speechless.Extremamente bem executada. Com um controlo incrível no Double Bass e uma originalidade bem notável nos ritmos e tempos. Bem pessoal, que mais posso dizer, se não conhecem, saquem o álbum e dêem-me a vossa opinião sobre ele, se já conhecem é favor de espalharem o nome Dyscord e comprar uns lançamentos deles. Merecem a atenção que têm e muita mais! DYSCORD!! (8.6/10)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

NONPOINT - To The Pain (2005)


Sendo uma banda que será algo necessário apresentar a quem não esteja muito dentro do domínio do nu-metal, os Nonpoint fizeram nome por si mesmos através de bandas sonoras de jogos e filmes, um meio de publicidade muito utilizado dentro deste domínio do metal levando de boca em boca o nome de bandas com fama considerável hoje em dia como Drowning Pool, Zebrahead (mais dentro do álbum “MFZB” que os restantes estarão mais dentro do domínio punk), e esta mesmo: Nonpoint. Falando do álbum em si, estaremos a falar de um cd que pode ser comparável a um desfile de exitos da banda como “To The Pain”, “Bullet With A Name”, “Alive and Kicking” (respondendo já à pergunta que não me refiro a uma cover da música de Simple Minds) faltando talvez para ser um Best Of da banda a sua cover de “In The Air Tonight”, originalmente do ex-baterista de Genesis, Phil Collins. Para quem não conhece a banda, esta tem como elementos uma voz agressiva, um baixo que apesar de simples consegue ser algo cativante, umas guitarras que usam e abusam da distorção, mas não de uma maneira enjoativa, e uma bateria sempre adequada à tonalidade que os restantes instrumentos dão à música, tornando os Nonpoint, uma banda que mesmo os mais aficcionados aos panoramas extremos do metal, não resistirão a abanar a cabeça ao ritmo. Resumindo este disco tem tudo para ser considerado original num estilo que muitas vezes peca por tentar copiar os estilos dos seus percursores. (8,1/10)

Keep on rockin’, don’t quit rollin’
Alves


Link de video: http://www.youtube.com/watch?v=ZViUnOW3hSM
Link de download: http://www.mediafire.com/?nyjbyeijgim

A DREAM OF POE - Lady Of Shalott (2010)

Para apresentar a banda, acho que não há nada mais resumível que dizer que é uma banda açoreana com um inglês extraordinário considerando o sotaque aguerrado da região, com um registo com toques muito sombrios, e com algumas semelhanças a Opeth, e com umas letras inspiradas no mestre das histórias de terror Edgar Allen Poe. Em termos técnicos podemos ver esta banda como uma que apresenta algumas dissonâncias (algo que não deve ser confundido com desafinação) próprias que implica um registo sombrio total, que acaba por ser no que a banda peca um bocado por ser tão utilizado ao longo do álbum. A voz é algo épico, não chegando ao exagero de Manowar (isto como exemplo, não como ataque pessoal à banda ou aos seus fãs) utilizando um growl com um efeito propositadamente harmónico o que provavelmente faria mudar a visão sobre esse efeito vocal em alguém que não estivesse habituado a ouvi-lo e a apreciá-lo. Lady Of Shalott é um EP com conteúdo literário, sendo algo curioso ouvi-lo, repetindo talvez o efeito de “Opium” a música de Fernando Ribeiro em que este declama “Opiário”, um poema de Fernando Pessoa de primeira fase, sendo uma maneira fácil e algo atractiva de aprender poesia, aumentando a cultura através de músicas de aproximadamente 6 minutos. È sem dúvida uma gravação a considerar para aqueles que gostam de música com conteúdo profundo. (7,2/10)

Keep on rockin’ dont quit rollin’
Alves

Link de video: http://www.youtube.com/watch?v=Zoakb4-WG_0
Link de download: http://www.mediafire.com/?5jxxjjnhnnr

APOSTATE - Seaborne (2010)

Bem pessoal, a reacção estrondosa dos ouvintes desta banda tem sido extremamente notável. E a minha reacção vai pertencer a esse grupo. O talento que se prevê nesta banda é sem dúvida incrível. Acorda um bocado uma mistura de August Burns Red com Parkway Drive. E quem olha para a capa vai naturalmente pensar que esta banda é australiana mesmo só por causa da temática litoral. Mas não. Algo que me impressionou foi o facto de Apostate ser uma banda europeia. E vou fazer o máximo dos máximos para que esta banda seja conhecida pelo menos nesta cidade. Apostate provêm da República Checa e têm ganho cada vez mais fãs dentro do seu país e fora, com este incrível lançamento. Há que destacar a ausência de ''genérico'' neste álbum. Aliás o que eu encontro nesta banda não encontro noutra. A qualidade e nível de produção é incrível quando se re-pensa no estrato musica em que se encontram. Bem pessoal o brutal atributo desta banda começa bem calmamente com uma guitarra acústica tocando uns acordes extremamente melódicos, sobressaindo muito o sentimento de que algo de grande vai acontecer. E de facto, algo de grandioso se desenvolveu nos conseguentes 20 minutos. A agressividade das guitarras, o ritmo da bateria complementou tão, mas tão bem o vocal agressivo. Estava impressionado com o que este lançamento ainda tinha dentro de si. Óbvio que quando oiço algo que gosto que continuo a ouvir. Mas isto pessoal...... é diferente. Não estava a ouvir algo que gosto mas sim que aprendi a amar. Epah pessoal a sério. Quando lerem a review toda tirem uns 20 minutos do vosso tempo e oiçam tranquilamente este álbum. E a pesquisa que fiz desta banda demonstrou-me que é uma banda que se constitui por músicos extremamente talentosos. Quer dizer nota-se bem isso logo nas músicas. Bem pessoal, não posso dizer mais do que já disse. É agressivo, é muito melódico, é pesado. Tal como vocês gostam. Oiçam..... vale mesmo a pena. (8.7/10)

sábado, 19 de fevereiro de 2011

KING CONQUER - Decomposing Normality (2009)

Ora pessoalzinho, já há muito que não publico algo no Blog. Está na hora de recomeçar o que tem que ser feito. Bem pessoal, quem conhece o Underground puro e pesado de certeza que reconhece este nome. King Conquer provêm de Florida, EUA. Têm ganho cada vez mais fama. Depois do lançamento deste EP, King Conquer começa a ser convidado para variadíssimas digressões de bandas como Suffocate, Shadows Fall, Winds Of Plague, As Blood Runs Black, Molotov Solution, Thick As Blood, a lista continua. Mas pronto. Têm feito lançamentos extremamente pesados. É se calhar a banda mais pesada dentro do Deathcore. Tomando em conta a agressividade e técnica que colocam nos álbuns são mais que capazes de ser a banda com mais peso e ideologia dentro do Deathcore. Sem contar com a originalidade monstruosa que têm. Comecemos. As guitarras extremamente distorcidas conseguem transmitir melhor a monstruosidade apocalíptica do que propriamente as letras. Ouviram-se vários solos bem executados, e Breakdowns muito únicos. A bateria como é habitual foi rápida e bem técnica. A pedaleira dupla foi mais que notável no ritmo das músicas.O baixo não foi tão notável como as guitarras, mas mesmo assim creio que foi um factor crucial para a atmosfera bem pesada nas músicas. O vocal......... Blew My Mind. Extremamente brutal. Low-Pitch a caminho de Deep Growl. Muito Low de facto. E para complementar, como se vê muito no Deathcore de hoje em dia, o High-Pitch bem rasgado. Bem que mais posso dizer. Adorei este EP. Cada uma das faixas é uma malha. E há que salientar cada. Quem for um fã pelo Deathcore pesado repleto de Growls, vai sem dúvida adorar esta banda. Eu cá amei. KING CONQUER!!!! (7.8/10)

domingo, 13 de fevereiro de 2011

BRING ME THE HORIZON - There Is A Hell Believe Me I've Seen It, There Is A Heaven Let's Keep It A Secret (2010)

Eu vou ser sincero, sempre achei BMTH uma banda algo vaga, sem grande revelação de emoções, baseando-se na rapidez da bateria e dos riffs de guitarra, na voz sofrida de Oli Sykes, e em letras cheias de ódio, sangue e morte. Mas consigo admitir: este álbum, mudou a minha visão sobre esta banda. Este álbum não é bom ao ponto de mudar a vida a uma geração inteira, desses aparecem uma vez numa vida, e é se não tivermos a contar com uma vida activa musicalmente só na segunda parte da década de 90, mas qualidade não lhe falta. Os BMTH evoluíram, e isso consegue-se ver ao reparar em baladas cheias de emoção como “Don’t Go”, ao reparar no ritmo mais pausado mas mais sentido da pista “The Fox And The Wolf”, ou mesmo na inovação que pode ser bem notada na “It Never Ends” com a utilização de sintetizadores mais num contexto de pseudo-balada (desculpem a falta de termos técnicos, mas acho que ninguém consideria uma balada qualquer música em que Oli Sykes faça scream e haja breakdowns tão agressivos).
“TIABMIST, TIAHLKID” é um álbum mais maturo, que não decepciona a evolução já começada pelo álbum “Suicide Season”, não só pela inovação no estilo e na utilização de músicas mais baladadas, mas também pelo reconhecimento da banda dentro de diferentes estilos, contando este álbum com o vocalista de You Me At Six, de Architects, de Chariot e de Lights em várias músicas ao longo do LP. (8,8/10)

keep on rockin
don't quit rollin
Alves

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ILLDISPOSED - To Those Who Walk Behind Us (2009)

Muitos de vocês devem de conhecer estes senhores. Eu por acaso descobri umas malhas deles acidentalmente. Há quem diga que as melhores coisas no Metal encontram-se sem querer. E este é apenas outro caso que se exemplifica pela seguinte situação: Estar no youtube, random picking, encontra um video de uma banda que tem um nome muito fixe, carrega no video, vê.... dois segundos depois está-se a sacar a discografia ou o último/primeiro álbum que a banda lançou. Foi exactamente isso que me aconteceu. Seja como for, a banda já coexiste desde 91, tendo lançado a primeira demo um ano depois da sua formação. E pelo que se vê hoje nesta banda, essa demo levou muito talento e promessa nela incutida. Lançaram o seu primeiro álbum em 1993 denominado Four Depressive Seasons, já com o logo icónico da banda. Deste então tem havido cada vez mais caminhos abertos para o desenvolvimento da banda. Tendo lançado no total cerca de 9 álbuns. To Those Who Walk Behind Us foi o último. E por agora é o  meu favorito. O álbum em geral é pesadote. Tem uma atmosfera mais ou menos pesada. Na minha opinião o que melhor definiu o seu peso foi a distorção das guitarras, sem dúvida. Extremamente Low-Tuned. O Low-Tuning misturou-se com a melodia recriando algo muito Groove e sentimental. A bateria esteve muito perceptível, definindo seja qual for a direcção que o álbum levou a cada música. Agora que comparo um bocado, IllDisposed é uma versão alemã mais melódica dos Kataklysm. Gosto muito. O vocal de Bo contribui mais para a sua personagem na banda do que propriamente a sua presença em palco, sendo ela imensa. O baixo sincronizou-se por completo com o ritmo e sonoridade das guitarras. Contribuindo, por sua  vez, uma sonoridade de fundo mais sólida. Bem eu pessoalmente adorei este álbum. Misturou Thrash, Death, Groove, Melodic, Industrial e mais alguma coisa. E eu adorei. Pessoal, quem puder que oiça a malha que deixei mais abaixo da review. ILLDISPOSED!! (8.5/10)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

CATHARSIS - Passion (2000)

Banda de Chapel Hill, Carolina do Norte formada em 1994 e desmantelada em 2002 com dois álbuns, sendo este o segundo e último. É (des)conhecida por ter tido influência em grande parte do metalcore feito no início desta presente década e também por ter integrado uma vaga de hardcore metálico com contornos mais obscuros chamada "Holy Terror". Com este "Passion", a banda atinge níveis de maturidade, técnica e know-how impressionantes, comparados com o primeiro álbum, bastando a primeira faixa com aquele feeling de "hardcore anos 90" para percebermos que eles não andam aqui a brincar. Já com as cartas postas na mesa, por assim dizer, presenteiam-nos com uma "Obsession" caótica com tempos complexos e intensidade urgente roçando o mathcore, para de seguida nos partir a cara (cada vez mais) com "Panoptikon", com letras como "We'll dance in the shadow of the great guillotine/ That does it's rythmic work/ On each and every unbowed head/ One by one, by one" fazendo uma breve crítica à sociedade e à Humanidade. A maturidade e capacidade da banda é nos divulgada em faixas como: "Into The Eyeless Sockets Of The Night ", uma faixa instrumental com o baixo literalmente palpitante e com uma intensidade raramente vista, com a guitarra a exibir um reverb inovador; "Witch's Heart", grande riff de entrada que se vai prolongando de várias formas, para depois explodir em riffs harmónicos próprios do hardcore, com uma parte clean incluída, juntamente com profecias de Brian D (vocalista); "Duende" é uma colossal descarga esquizofrénica e complexa com ritmo arábico na cauda final do tema, explodindo com uma parte mais noise, já com o cunho pessoal da banda, cortesia do guitarrista Matt Miller, que neste álbum demonstra grande capacidade técnica; "Desert Without Mirages" apresenta influências reggae de Peter Tosh, pelo qual Brian D diz demonstrar grande respeito, conseguindo a banda integrar essa influência naturalmente na sua sonoridade sem desvirtuar nenhum dos dois, sendo que ainda integram um riff inicial orelhudo como se nada fosse, levando-nos para um caminho hipnotizante e catárquico. O tema final... pessoalmente, acho o tema melhor integrado num álbum que alguma vez ouvi. É mágico, poderoso, intenso, pesadão, melódico, étnico e com óbvias influências black metal, que fará corar qualquer um que menospreze qualquer vestígio de metalcore. Este "Passion" ficará guardado na história e na minha mente para sempre, é dificil é levar pérolas como esta a serem inteiramente reconhecidas, devido à incompreensão por parte das massas. Mas qual é a obra de arte que é compreendida?

INEVITABLE END - The Severed Inception (2009)

Maior parte do talento prometido que vejo hoje em dia provém-se da Suécia. É sem dúvida um país muito grande. E nele coexiste muito Metal. E quando digo Metal digo: Melodeath, Melodic Death Metal, Death Metal melódico e Arch Enemy. A ironia é muito notável. Mas poucas bandas como Dark Funeral, Marduk, Opeth, Bloodbath, Dismember, Meshuggah (e muito mais) até agora têm ascendido por cima do muito genérico Melodic Death Metal que se encontra hoje em dia vindo da Suécia. E já que só se vê bandas influenciadas por vertentes do Death Metal na Suécia... porque não vos apresentar outra promessa jovem e muito boa de Grindcore? Inevitable End, juntos apenas desde 2003, e já conquistaram mais fãs com este álbum do que qualquer outra banda com o seu respectivo primeiro lançamento. A sonoridade é sem dúvida bem pesada, para além de ter um sentido de Grindcore muito parecido ao dos Napalm Death tem de facto muita promessa original no instrumental. Algo que me impressionou foi o facto de este álbum ter sido lançado pela Relapse!! Com apenas 2 demos lançadas, uma em 2004 e outra em 2006, a Relapse decide apostar no talento garantido da banda e fornecer o estúdio e capacidades à banda para gravar este álbum completamente agressivo. Falemos da sonoridade sim pessoal?? Bem, na minha opinião o instrumental está bem estruturado, só que a certo ponto do álbum fico a desejar uma organização menos confusa da guitarra, que se manteve distorcida durante a reprodução contínua do álbum. Independentemente disso estava como qualquer fanático de Grindcore gostaria. Já que tenho a oportunidade, deixo aqui salientado, quem não estiver ''treinado'' em ouvir Grindcore, óbvio que não devia de ouvir este álbum. A bateria teve vários momentos épicos de Blast Beats e de dupla pedaleira. Esteve muito rápida em geral. O baixo sincronizou-se perfeitamente com as guitarras. E acreditem ou não é extremamente difícil de acompanhar o ritmo da bateria e das guitarras neste álbum. Os vocais........ que posso dizer dos vocais? Simplesmente brutais. Está tudo dito. Variando de High-Pitch Scream que se vêem muito no Grindcore, juntamente com Mid/Low-Pitched Growls. Eu pessoalmente gostei muito deste álbum. É algo original no meio deste Swedish Melodeath. Grindcore no seu melhor!! (7.2/10)