Banda de Chapel Hill, Carolina do Norte formada em 1994 e desmantelada em 2002 com dois álbuns, sendo este o segundo e último. É (des)conhecida por ter tido influência em grande parte do metalcore feito no início desta presente década e também por ter integrado uma vaga de hardcore metálico com contornos mais obscuros chamada "Holy Terror". Com este "Passion", a banda atinge níveis de maturidade, técnica e know-how impressionantes, comparados com o primeiro álbum, bastando a primeira faixa com aquele feeling de "hardcore anos 90" para percebermos que eles não andam aqui a brincar. Já com as cartas postas na mesa, por assim dizer, presenteiam-nos com uma "Obsession" caótica com tempos complexos e intensidade urgente roçando o mathcore, para de seguida nos partir a cara (cada vez mais) com "Panoptikon", com letras como "We'll dance in the shadow of the great guillotine/ That does it's rythmic work/ On each and every unbowed head/ One by one, by one" fazendo uma breve crítica à sociedade e à Humanidade. A maturidade e capacidade da banda é nos divulgada em faixas como: "Into The Eyeless Sockets Of The Night ", uma faixa instrumental com o baixo literalmente palpitante e com uma intensidade raramente vista, com a guitarra a exibir um reverb inovador; "Witch's Heart", grande riff de entrada que se vai prolongando de várias formas, para depois explodir em riffs harmónicos próprios do hardcore, com uma parte clean incluída, juntamente com profecias de Brian D (vocalista); "Duende" é uma colossal descarga esquizofrénica e complexa com ritmo arábico na cauda final do tema, explodindo com uma parte mais noise, já com o cunho pessoal da banda, cortesia do guitarrista Matt Miller, que neste álbum demonstra grande capacidade técnica; "Desert Without Mirages" apresenta influências reggae de Peter Tosh, pelo qual Brian D diz demonstrar grande respeito, conseguindo a banda integrar essa influência naturalmente na sua sonoridade sem desvirtuar nenhum dos dois, sendo que ainda integram um riff inicial orelhudo como se nada fosse, levando-nos para um caminho hipnotizante e catárquico. O tema final... pessoalmente, acho o tema melhor integrado num álbum que alguma vez ouvi. É mágico, poderoso, intenso, pesadão, melódico, étnico e com óbvias influências black metal, que fará corar qualquer um que menospreze qualquer vestígio de metalcore. Este "Passion" ficará guardado na história e na minha mente para sempre, é dificil é levar pérolas como esta a serem inteiramente reconhecidas, devido à incompreensão por parte das massas. Mas qual é a obra de arte que é compreendida?
Link de video: http://www.youtube.com/watch?v=es1qgY6Jyiw
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