Bem pessoal, cá vai a continuação. Uma meia hora depois, já Blame The Skies tinham tocado. E estávamos todos preparados para sacrificar minimamente os nossos corpos pela música que amamos. Entro no recinto de novo, com o pessoal todo, e de repente oiço Dubstep... obviamente que fiquei histérico... e mal a distorção chutou.... a brutalidade física predominou a capricho. Estávamos todos juntos, a sentir os berros do Guilherme, a ouvir a distorção melódica das guitarras e a testemunhar o melhor Crabcore que alguma vez tínhamos visto. Obviamente que era contagiante, e depois de uma acordo com os amigos, Crabcore por parte do publico começava a ser obrigatório. A Last Nights Nightmare foi, é claro, a faixa que mais se salientou no concerto todo. Bem sem dúvida que foi dos melhores dos Before The Torn na Capricho até agora. O trabalho dos Before The Torn acabou então. Depois desta performance poderosa, todos descem e o divertimento social começa. Todos juntos como se fosse uma irmandade, a discutir, o que fizeram ou o que deviam de ter feito no moche. No segundo andar, ao pé do bar, só conseguia ver pessoal a hidratar-se fosse com cerveja, coca-cola ou água, estavam TODOS desidratados. Obviamente que eu lá tive que ir comprar logo duas garrafas de água de seguida.
Já depois de uns 10/15 minutos, já conseguia pressentir o vibe da agressividade e divertimento que ainda estava para vir. Subi mais uma vez lá para cima, e estava o pessoal todo pronto para os setubalenses Hills Have Eyes, incrivelmente a tocar exactamente antes dos Bleed From Within. Sendo os HHE a banda principal da cidade, o pessoal ia, obviamente, juntar-se todo, só para sincronizar o espírito todo de irmandade, amizade e música. Começa então o concerto... peso predominou por completo... sendo eu um grande fã dos HHE o sing-along tornou-se o principal motivo da performance. Para além dos HHE conseguia ouvir outra coisa...... as letras das músicas.... perfeitamente cantadas pelo público setubalense. Foi de facto um sentimento incrível. Todos abraçados, sempre com o fist-bump, High five, chest-bump, palmadas nas costas, pura amizade e fraternidade. Foi o que testemunhei. O concerto acaba com a Those Birds Won't Bother Us Anymore, um clássico na minha opinião, e sem dúvida a minha favorita deles. Três quartos da noite já tinham passado e estava toda a gente literalmente partida, e a banda mais agressiva ainda não tinha tocado. Mal desci para o segundo andar da capricho raparei que o pessoal estava todo sentado... e atenção, eu também estava obviamente, e nem sequer tinha participado tanto no moche. Sinal que tem sido uma noite brutal, cheia de two-step, amizade, fraternidade, música, peso e divertimento. Já há muito que a Capricho não recebia algo assim. Decido subir, novamente, já hidratado, cansado, e com pica de ver finalmente uma banda estrangeira no palco setubalense. Mal chego ao recinto, reparo nas gigantes bandeiras que tinham no palco, uma da cada lado, e a bateria gigantesca no meio. Começa então o peso. Difícil de caracterizar. Senti que nem metade de Setúbal estava na Capricho (por essa razão culpo a data que tinha sido adicionada recentemente para Lisboa o que afastou minimamente muito pessoal de Setúbal. Mas pronto. Quem estava lá, era quem queria viver aquele sentimento, aquela agressividade, aquele peso... poderoso. Depois dos Blame The Skies, dos Before The Torn e Hills Have Eyes, dos quais tinham fornecido um concerto tão brutal, tinham somente nos preparado para aquilo que ia explodir no fim. Começou tal como concerto todo seria.... agressivo. E não consigo caracterizar lá muito bem a performance deles. Foi algo que nunca tinha testemunhado. Pah pessoal simples: vocal agressivo + guitarras distorcidas + bateria grande + volume alto = Capricho partida. Os vocais do Scott foram um High-Point para mim, sendo eu um vocalista reconheço a agressividade que o Scott tem dentro de si. As guitarras, típicas dos BFW extremamente melódicas, técnicas e muito distorcidas. Podendo ouvi-las até no meio da cidade de Setúbal. A bateria, foi sem dúvida O High-Point da noite. E sendo o n00b que sou, ouvi o meu primeiro Blast Beat ao vivo. Até porque não vou a muitos concertos deste escalão. Foi simplesmente brutal. Chega ao fim, e despeço-me do pessoal todo... acabo por me encontrar com Cláudio Da Silva, um bom amigo nosso do Porto, que (aproveito e deixo aqui já dito) em breve vai começar a ''trabalhar'' para os The Rednecks Horizon, e Scott juntamente com Martyn desceram para fumar o cigarro da noite, tivemos o grandesissimo prazer da falar um pouco com eles. Chegámos a tirar uma fotografia com o pessoal todo e tudo. E mais acima estão os autógrafos da banda inteira. Foi de facto uma noite para lembrar.
adorei o texto esta quase tão espetacular como espetacular foi aquela noite la na capricho.
ResponderExcluirconcordo exactamente com todas as observação que fizeste do concerto e mesmo sem duvida que tao cedo nao irei esquecer o quão poderoso e brutal foi aquele concerto naquela chuvosa noite de 29 de Abril.
ASS: André Soares